Mastite na Maternidade: Minha Experiência Dolorosa e as Lições Aprendidas

(Img. Arq. Pessoal)

 A maternidade é cheia de desafios inesperados. Um dos mais dolorosos que enfrentei foi a mastite, uma condição que, infelizmente, acomete muitas mães durante a amamentação. Compartilhar essa experiência é difícil, mas acredito que pode ajudar outras mães a evitarem o mesmo sofrimento.

O Início de Tudo: Quando o Leite Não Para

Desde o início da minha primeira gravidez, tive uma produção abundante de leite. Era algo que, à primeira vista, parecia ser uma bênção, pois meu filho sempre tinha o que mamar. No entanto, apesar de ele mamar frequentemente, meu peito continuava cheio e, com o tempo, começou a ficar cada vez mais duro e dolorido.

A Orientação Errada

Com o desconforto crescente, busquei orientação médica. Recebi a recomendação de fazer compressas com água morna, acreditando que isso ajudaria a aliviar a pressão e o inchaço. Confiei no conselho, afinal, era de um profissional. Mas, o que eu não sabia era que esse tipo de compressa só pioraria a situação. 

A água morna, ao invés de aliviar, continuou a estimular a produção de leite, e meu peito, já tenso e dolorido, começou a endurecer ainda mais. A situação foi piorando dia após dia, até que o que parecia ser apenas um desconforto normal de amamentação se transformou em algo muito mais sério.

O Diagnóstico: Mastite

Com o peito endurecido, avermelhado e extremamente dolorido, fui diagnosticada com mastite. Para quem não sabe, a mastite é uma inflamação do tecido mamário, geralmente causada pelo acúmulo de leite nos ductos. Pode ser desencadeada por infecções bacterianas, mas, no meu caso, foi o acúmulo de leite e a falta de esvaziamento correto do peito que provocaram a inflamação.

O Sofrimento em Casa

A mastite avançou de tal forma que um buraco se abriu em meu peito, liberando uma grande quantidade de secreção. Foram dias extremamente difíceis, mas graças a Deus tive muita ajuda. Minha mãe, a avó paterna do meu filho e minha irmã mais velha estiveram ao meu lado, cuidando de mim e do meu filho enquanto eu sofria com a dor e a preocupação.

A Dor da Cirurgia

Quando chegou o momento de fazer a cirurgia para remover o tecido danificado, sabia que seria doloroso, mas não tinha outra opção. Como havia secreção, a anestesia não pôde ser aplicada, e eu só consegui suportar o procedimento se a minha irmã estivesse comigo. Sua presença foi essencial para eu aguentar o sofrimento. A cada movimento da pinça, a dor era tão intensa que eu gritava de agonia, mas não havia alternativa. Quando finalmente removeram todo o tecido podre, senti um alívio enorme, tanto físico quanto emocional.

A Importância de Informação Adequada

Essa experiência me ensinou a importância de buscar informação, de ouvir nosso corpo e de questionar orientações, mesmo as que vêm de profissionais de saúde. Se eu soubesse que a compressa deveria ser feita com água fria para reduzir a produção de leite, talvez tivesse evitado essa dor e a cirurgia.

Para todas as mães que estão passando por desafios na amamentação, meu conselho é: não hesitem em procurar uma segunda opinião. Cada corpo é único, e o que funciona para uma pessoa pode não funcionar para outra. Acima de tudo, confie no seu instinto e busque sempre o melhor para você e seu bebê.

A maternidade é cheia de altos e baixos, mas, com apoio, informação e cuidado, podemos superar os momentos mais difíceis.

Se você está enfrentando dificuldades na amamentação ou já passou por uma experiência semelhante, compartilhe nos comentários! Vamos construir uma rede de apoio e troca de informações, para que nenhuma mãe precise enfrentar isso sozinha. E se você conhece alguém que pode se beneficiar dessa história, não deixe de compartilhar este artigo. Juntas, podemos fazer a diferença.